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7 Armadilhas em Contratos de Shoppings: Saiba Seus Direitos e Deveres

7 Armadilhas em Contratos de Shoppings Saiba Seus Direitos e Deveres
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Entrar para o mundo dos shopping centers parece uma jogada certeira: fluxo constante de clientes, estrutura completa e uma vitrine privilegiada para o seu negócio.

Mas um contrato mal elaborado pode transformar esse sonho em um pesadelo financeiro e jurídico.

Muitos lojistas assinam contratos sem entender as cláusulas escondidas – e só percebem o erro quando já estão presos a obrigações abusivas, multas exorbitantes e reajustes inesperados.

A boa notícia? Você pode evitar essas armadilhas antes mesmo de fechar o contrato.

Neste artigo, você vai descobrir:

  • As 7 cláusulas mais perigosas em contratos de shopping centers;

  • Seus direitos como lojista e como se proteger juridicamente;

  • Estratégias para negociar um contrato mais seguro e equilibrado.

Se você está pensando em abrir uma loja em um shopping ou já tem um contrato em vigor, continue lendo e proteja seu negócio de armadilhas jurídicas disfarçadas.

1. Aluguel Percentual: Quando o Sucesso Vira um Problema

O aluguel em shoppings geralmente segue um modelo híbrido: um valor fixo + um percentual sobre o faturamento. Em teoria, isso parece justo – afinal, quanto mais você vende, mais o shopping ganha.

📌 O problema: alguns contratos não estabelecem um teto para esse percentual, o que pode levar a aumentos imprevisíveis.

Exemplo real: Um lojista que faturava R$ 100 mil/mês assinou um contrato onde o aluguel fixo era de R$ 10 mil + 7% sobre o faturamento. Com o crescimento das vendas, o aluguel subiu para R$ 25 mil/mês – inviabilizando o negócio.

Como evitar? Antes de assinar, exija cláusulas que:

  • Definam um limite máximo para o aluguel percentual;

  • Considerem períodos de baixa sazonalidade no cálculo.

2. Multas Abusivas para Rescisão Antecipada

A vida de um lojista é imprevisível. Você pode precisar encerrar o contrato antes do prazo por diversos motivos – e é aí que muitas armadilhas aparecem.

📌 O problema: Algumas multas são tão altas que tornam a saída do shopping financeiramente impossível, obrigando o lojista a continuar operando no prejuízo.

Fique atento a cláusulas como:

  • Pagamento de aluguéis até o fim do contrato, mesmo sem operar;

  • Multas desproporcionais que chegam a 24 meses de aluguel.

O que fazer?

  • Negocie uma rescisão proporcional ao tempo de contrato cumprido;

  • Busque cláusulas que permitam a rescisão sem custo em casos de queda de faturamento ou problemas estruturais no shopping.

3. Taxas Ocultas e o Fundo de Promoção

Além do aluguel, o lojista paga uma série de taxas que podem aumentar drasticamente os custos operacionais.

📌 O problema: O fundo de promoção e as taxas de condomínio podem ser reajustados unilateralmente pelo shopping, sem aviso prévio ou justificativa clara.

🔹 Dado real: Em alguns shoppings, lojistas viram a taxa de fundo de promoção subir 300% em menos de dois anos.

Como se proteger?

  • Exija transparência na prestação de contas dessas taxas;

  • Peça um histórico de reajustes dos últimos 5 anos antes de assinar o contrato.

4. Exclusividade que Limita seu Crescimento

Alguns contratos impõem restrições severas ao lojista, impedindo que ele venda determinados produtos ou abra novas unidades em áreas próximas.

📌 O problema: Você pode acabar preso ao shopping, sem liberdade para expandir seu negócio.

O que negociar?

  • Um raio de exclusividade razoável (não exagere no limite geográfico);

  • Direito de vender em outros canais, como e-commerce.

5. Reajustes Abusivos no Aluguel

O contrato pode prever aumentos anuais no aluguel, geralmente indexados a um índice econômico. O mais comum é o IGP-M, que, em 2020, teve uma alta de mais de 30%, tornando os aluguéis insustentáveis.

📌 O problema: Muitos lojistas não negociam essa cláusula e acabam com reajustes imprevisíveis.

Como evitar surpresas?

  • Prefira contratos baseados no IPCA, que é mais estável;

  • Negocie um teto máximo de reajuste anual.

6. Responsabilidade Total Sobre Reformas e Manutenção

É comum que os contratos transfiram para o lojista toda a responsabilidade pelas adaptações e manutenção do espaço.

📌 O problema: Você pode ser obrigado a bancar reformas estruturais que deveriam ser do shopping.

Dicas para proteger seu caixa:

  • Deixe claro que grandes reformas são de responsabilidade do shopping;

  • Registre no contrato quem paga por adaptações exigidas pelo shopping.

7. Renovação Contratual Incerta

Você construiu uma clientela, investiu na loja e agora quer renovar o contrato. Mas e se o shopping se recusar a renovar ou cobrar um valor absurdo para isso?

📌 O problema: Sem uma cláusula de renovação clara, o lojista fica vulnerável a aumentos bruscos ou ao risco de ser despejado após investir anos no local.

Como evitar esse problema?

  • Negocie um direito de renovação automática com critérios claros;

  • Busque contratos que respeitem a Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91).

Como Evitar Armadilhas em Contratos de Shopping?

Antes de assinar qualquer contrato, siga estas recomendações:

Leia tudo com calma – Cláusulas abusivas costumam estar em letras pequenas.
Negocie – Muitas cláusulas podem ser ajustadas antes da assinatura.
Peça um histórico de reajustes – Isso evita surpresas futuras.
Exija transparência nas taxas – Shopping deve prestar contas das cobranças.
Conte com um advogado especializado – Um contrato mal feito pode custar caro.

Evite armadilhas em contratos de shopping Descubra os 7 erros mais comuns, seus direitos e como negociar um contrato seguro

Conclusão: Proteja Seu Negócio com Informação e Estratégia

Assinar um contrato de shopping pode ser oportunidade ou cilada, dependendo de como ele é estruturado. Conhecendo seus direitos e deveres, você evita prejuízos e garante que sua loja tenha um futuro sustentável.

Este artigo tem caráter informativo e educacional e não substitui a consulta a um advogado especializado em direito imobiliário.

 


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FAQ - Perguntas Frequentes Sobre Armadilhas em Contratos de Shoppings

Antes de assinar um contrato de locação em um shopping, verifique:

  • Valor do aluguel e reajustes anuais (evite índices voláteis como o IGP-M).

  • Multas por rescisão antecipada (muitas são abusivas e dificultam a saída).

  • Taxas extras, como fundo de promoção e condomínio.

  • Exclusividade de produtos ou localização, que pode limitar seu crescimento.

  • Direito de renovação para evitar despejo após investir no local.

Se tiver dúvidas, consulte um advogado especializado antes de fechar o contrato.

O shopping não pode aumentar o aluguel de forma arbitrária, mas os reajustes previstos no contrato acontecem automaticamente. Normalmente, o reajuste é baseado em índices econômicos, como IGP-M ou IPCA.

Se o contrato não define um teto de reajuste, o aumento pode ser imprevisível e inviabilizar o negócio. Por isso, antes de assinar:
✅ Prefira contratos com reajuste pelo IPCA, que é mais estável.
✅ Negocie um limite máximo de aumento anual.
✅ Consulte um especialista para avaliar cláusulas abusivas.

Depende das cláusulas de rescisão do contrato. Alguns contratos exigem que o lojista pague todos os aluguéis restantes até o fim do contrato – o que pode ser inviável.

Para evitar esse problema:
✅ Negocie uma multa proporcional ao tempo de contrato cumprido.
✅ Verifique se há cláusulas que permitam a saída sem custo em casos específicos, como queda de faturamento ou mudanças no mix do shopping.
✅ Se a multa for abusiva, um advogado pode ajudar a contestá-la.

Taxas como fundo de promoção e condomínio devem ser claras e justificadas. Se o shopping cobra valores altos sem prestar contas:

Solicite um demonstrativo detalhado das despesas e da destinação dos valores.
✅ Verifique no contrato se há limite para reajustes dessas taxas.
✅ Se houver irregularidades, um advogado pode questionar judicialmente cobranças indevidas.

Se precisar de ajuda para entender ou renegociar seu contrato, consulte um especialista em direito imobiliário.

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