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Usufruto: Guia Completo para Proprietários em 2025

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Já pensou doar um imóvel para seus filhos, mas ainda assim manter o direito de viver nele? Parece simples — até que você se depara com termos jurídicos, exigências cartoriais e riscos patrimoniais.

Se essa decisão for tomada sem orientação, pode gerar conflitos familiares, bloqueios na venda do imóvel e até perda de direitos.

Este guia completo vai esclarecer o que é usufruto, como funciona legalmente e quais passos seguir para garantir segurança jurídica e patrimonial.

 

O que é usufruto e por que proprietários utilizam essa estratégia

O usufruto é o direito real de usar e gozar de um bem alheio, geralmente vitalício. Na prática, é comum quando pais doam um imóvel aos filhos, mas mantêm o direito de morar ou alugar o imóvel até o fim da vida.

Exemplo prático: Maria transfere a propriedade do apartamento para seu filho, mas com cláusula de usufruto vitalício. Ela segue morando lá e pode alugar se quiser. O filho não pode vender sem sua anuência.

Esse modelo protege o direito de quem doa e antecipa a sucessão, evitando inventário.

 

Nu-propriedade e usufruto: entenda a diferença

  • Usufrutuário: tem o direito de usar o imóvel e receber seus frutos (aluguéis, por exemplo), mas não pode vendê-lo.

  • Nu-proprietário: detém a propriedade, mas sem poder usar o bem até que o usufruto se extinga.

Essa divisão pode gerar dúvidas em situações como venda do imóvel, reformas ou responsabilidades com impostos.

 

Tipos de usufruto

Usufruto vitalício

Dura até a morte do usufrutuário. Muito usado entre familiares.

Usufruto temporário

Tem prazo determinado, por exemplo: 10 anos.

Usufruto legal x voluntário

  • Legal: imposto por lei (como em guarda de menores).

  • Voluntário: acordado entre as partes, geralmente via escritura pública.

 

Como formalizar o usufruto: passo a passo

1. Elaboração da escritura pública

Deve ser feita em cartório de notas. Nela constam os dados das partes, descrição do imóvel e as condições do usufruto.

2. Registro na matrícula do imóvel

A escritura deve ser levada ao cartório de registro de imóveis para ser registrada. Sem isso, o usufruto não tem validade perante terceiros.

3. Recolhimento de impostos

Incidem ITCMD (doação), taxas cartoriais e eventualmente ITBI, conforme o caso.

 

Direitos e deveres do usufrutuário e do nu-proprietário

AspectoUsufrutuárioNu-proprietário
Uso do imóvelSimNão
VendaNão pode vender sozinhoNão pode vender sozinho
AluguelPode alugarNão recebe aluguéis
Impostos (IPTU etc)Responsabilidade do usufrutuárioNão responsável direto
ReformaPode, desde que preserve o bemPode autorizar reformas
 

Quando o usufruto termina?

  • Morte do usufrutuário (se for vitalício)

  • Término do prazo (no caso de temporário)

  • Renúncia expressa do usufrutuário

  • Decisão judicial, em caso de abuso ou uso indevido

Após a extinção, o nu-proprietário passa a ter a propriedade plena.

 

Cuidados ao usar o usufruto em planejamento patrimonial

  • Consulte um advogado para evitar cláusulas ambíguas.

  • Avalie o impacto em casos de separação, falência ou morte.

  • Verifique as implicações fiscais e sucessórias.

O usufruto é eficaz, mas requer estruturação jurídica sólida.

 

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Planejamento com segurança

O usufruto é uma ferramenta valiosa no planejamento patrimonial, mas seu uso exige atenção aos detalhes legais. Um pequeno erro na estruturação pode trazer complicações no futuro.

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FAQ - Perguntas Frequentes sobre Usufruto

Usufruto é o direito de usar um bem e receber seus frutos (aluguéis, rendimentos), mesmo sem ser o dono legal. O titular do usufruto pode morar no imóvel, alugar e administrar, mas não pode vender. A propriedade continua com o nu-proprietário.

Sim, mas apenas com anuência do usufrutuário. Ele tem prioridade no uso e pode barrar a venda. Caso queira vender com o usufruto ativo, é necessário acordo entre as partes.

Por escritura pública lavrada em cartório de notas e posterior registro na matrícula do imóvel no cartório de registro de imóveis. Sem esse registro, o usufruto não tem validade frente a terceiros.

Geralmente incidem ITCMD (imposto de doação), emolumentos cartoriais e possível ITBI, dependendo do tipo de transação. O valor varia por estado.

Pode ser encerrado por morte do usufrutuário, fim do prazo estipulado, renúncia expressa registrada em cartório ou decisão judicial.

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